domingo, 17 de outubro de 2010

A VELHA TINA



A principal diversão dos jovens da lagoa dos Estrelas é o futebol. Tanto é que toda aula vaga é assim:pegamos a bola e vamos jogar na quadra de esportes da escola.
Dividimos o time e começamos a jogar. Começamos também a gritar. É uma gritaria só, uma algazarra tremenda. Um grita para tocar a bola, o outro grita para melhorar o jogo...
Até aí, tudo bem. O maior problema é D. Tina, que mora em frente à quadra: uma velha gorda, baixa, de cabelos brancos e sujos de terra. Ela procura confusão com todo mundo e quando alguém joga a bola e cai na casa dela, a criatura sai danada da vida com uma faca na mão, correndo para furar a bola dos peladeiros.
Aí, a garotada começa a aperreá-la, apelidando a velha, fazendo caretas para ela, jogando pedrinhas e fazendo poeira. D. Tina se embravece e sai de dentro de sua casa com muita raiva e com uma faca na mão para tomar a bola e rasgá-la. Mas, é claro, a gente não deixa!
Com toda essa confusão, um vizinho dela sai em defesa da ordem. Recolhe a nossa bola e manda a velha de volta para dentro de casa. De lá, ela continua a implicar conosco.
Enquanto isso, improvisamos uma nova bola  para dar continuidade ao jogo e logo é feito o primeiro gol da pelada. Emocionados, gritamos em coro:
_ Gol pra velha Tina! Gol pra velha Tina! Gol pra velha Tina!
O jogo termina e a selvagem senhora, brava como abelha arapuá, continua arremessando palavras ameaçadoras contra nós, pacatos estudantes-jogadores. Mas os seus gritos são abafados pela euforia do “gol pra velha Tina!”, “gol pra velha Tina!”, “gol pra velha Tina!”
E tudo volta ao normal até a próxima aula vaga.

Texto de  Edvan Alves Ferreira
(aluno do 9º ano da EMEFEM Maria Estrela de Oliveira)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

FELIZ DIA DO PROFESSOR!

SOU PROFESSOR


Sou professor.

Nasci no momento exato em que uma pergunta saltou da

boca de uma criança.

Fui muitas pessoas em muitos lugares.

Sou Sócrates, estimulando a juventude de Atenas a

descobrir novas idéias através de perguntas.

Sou Anne Sullivan, extraindo os segredos do universo

da mão estendida de Helen Keller.

Sou Esopo e Hans Christian Andersen, revelando a

verdade através de inúmeras histórias.

Sou Marva Collins, lutando pelo direito de

toda a criança à Educação.

Sou Mary McCloud Bethune, construindo uma

grande universidade para meu povo, utilizando

caixotes de laranja como escrivaninhas.

Sou Bel Kauffman, lutando para colocar em

prática o Up Down Staircase.

Os nomes daqueles que praticaram minha profissão

soam como um corredor da fama para a humanidade...

Booker T. Washington, Buda, Confúcio,

Ralph Waldo Emerson, Leo Buscaglia, Moisés e Jesus.

Sou também aqueles cujos nomes foram há muito

esquecidos, mas cujas lições e o caráter serão sempre

lembrados nas realizações de seus alunos.

Tenho chorado de alegria nos casamentos de ex-alunos,

gargalhado de júbilo no nascimento de seus filhos e

permanecido com a cabeça baixa de pesar e confusão ao

lado de suas sepulturas cavadas cedo demais,

para corpos jovens demais.

Ao longo de cada dia tenho sido solicitado como ator,

amigo, enfermeiro e médico, treinador, descobridor

de artigos perdidos, como o que empresta dinheiro,

como motorista de táxi, psicólogo, pai substituto,

vendedor, político e mantenedor da fé.

A despeito de mapas, gráficos, fórmulas, verbos,

histórias e livros, não tenho tido, na verdade,

nada o que ensinar, pois meus alunos têm apenas a si

próprios para aprender, e eu sei que é preciso o mundo

inteiro para dizer a alguém quem ele é.

Sou um paradoxo.

É quando falo alto que escuto mais.

Minhas maiores dádivas estão no que desejo receber

agradecido de meus alunos.

Riqueza material não é um dos meus objetivos,

mas sou um caçador de tesouros em tempo integral,

em minha busca de novas oportunidades para que

meus alunos usem seus talentos e em minha procura

constante desses talentos que, às vezes,

permanecem encobertos pela autoderrota.

Sou o mais afortunado entre todos os que labutam.

A um médico é permitido conduzir a vida num

mágico momento.

A mim, é permitido ver que a vida renasce a cada

dia com novas perguntas, idéias e amizades.

Um arquiteto sabe que, se construir com cuidado,

sua estrutura poderá permanecer por séculos.

Um professor sabe que, se construir com amor e verdade,

o que construir durará para sempre.

Sou um guerreiro, batalhando diariamente contra a

pressão dos colegas, o negativismo, o medo, o conformismo,

o preconceito, a ignorância e a apatia.

Mas tenho grandes aliados: Inteligência, Curiosidade,

Apoio paterno, Individualidade, Criatividade, Fé, Amor

e Riso, todos correm a tomar meu partido com apoio indômito.

E a quem mais devo agradecer por esta vida maravilhosa,

que sou tão afortunado em experimentar, além de a vocês,

ao público, aos pais?

Pois vocês me deram a grande honra de confiar-me suas

maiores contribuições para com a eternidade, seus filhos.

E assim, tenho um passado rico em memórias.

Tenho um presente de desafios, aventuras e divertimento,

porque a mim é permitido passar meus dias com o futuro.

Sou professor... e agradeço a Deus por isso todos os dias.



John W. Schlatter

"Tudo começou com um decreto imperial, de 15 de outubro de 1827, que trata da primeira Lei Geral relativa ao Ensino Elementar. Este decreto, outorgado por Dom Pedro I, veio a se tornar um marco na educação imperial, de tal modo que passou a ser a principal referência para os docentes do primário e ginásio nas províncias. A Lei tratou dos mais diversos assuntos como descentralização do ensino, remuneração dos professores e mestras, ensino mútuo, currículo mínimo, admissão de professores e escolas das meninas.
A primeira contribuição da Lei de 15 de outubro de 1827 foi a de determinar, no seu artigo 1º, que as Escolas de Primeiras Letras (hoje, ensino fundamental) deveriam ensinar, para os meninos, a leitura, a escrita, as quatro operações de cálculo e as noções mais gerais de geometria prática. Às meninas, sem qualquer embasamento pedagógico, estavam excluídas as noções de geometria. Aprenderiam, sim, as prendas (costurar, bordar, cozinhar etc) para a economia doméstica.
Se compararmos a lei geral do período imperial com a nossa atual lei geral da educação republicana, a Lei 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), persegue ainda ideais imperiais, ao estabelecer, entre os fins do ensino fundamental, a tarefa de desenvolver a “capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo”. Portanto, mais de um sesquicentenário da lei, perseguimos os meus objetivos da educação imperial.
A Lei de 15 de novembro também inovou no processo de descentralização do ensino ao mandar criar escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos do Império. Hoje, além da descentralização do ensino, para maior cobertura de matrícula do ensino fundamental, obrigatório e gratuito, o poder público assegura, por imperativo constitucional, sua oferta gratuita, inclusive, para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria (Inciso I, artigo 208, Constituição Federal).
A remuneração dos professores é, historicamente, o grande gargalo da política educacional, do Império à Nova República, de Dom Pedro I a Fernando Henrique Cardoso I e II. O grande mérito do Imperador, ao outorgar a Lei de 15 de outubro de 1827, foi o de não se descuidar, pelo menos, formalmente, dos salários dos professores. No artigo 3º da lei imperial, determinou Dom Pedro que os presidentes, em Conselho, taxariam interinamente os ordenados dos Professores, regulando-os de 200$000 a 500$000 anuais, com atenção às circunstâncias da população e carestia dos lugares.
O economista Antônio Luiz Monteiro Coelho da Costa, especialista em cotação de moedas, atendendo minha solicitação, por e-mail, fez a conversão dos réis, de 1827, em reais de 2001 (discutíveis): estima Luiz Monteiro que 200$000 eqüivalem a aproximadamente R$ 8.800,00 (isto é, a um salário mensal de R$ 680, considerando o 13º) e 500$000 a aproximadamente R$ 22.000(R$ 1.700, por mês).
Os dados mostram como os professores, no século XXI, em se tratando de remuneração, recebem bem aquém dos parâmetros estabelecidos pela lei imperial, no longínquo século XIX. De acordo com dados recentes do Ministério de Educação, do total de professores, 65% ganham menos que R$650, 15% ganham entre R$650 e R$900 e 16% ganham mais de R$900. O salário médio mensal, de acordo com o senso do Ministério de Educação, é de R$1.474 nas escolas federais, R$656 nas particulares, R$584 nas estaduais e R$372 na municipais. Nos municípios cearenses, ainda encontramos milhares de professores recebendo (e com atraso) menos do que um salário mínimo vigente.
Atualmente, a Constituição Federal de 1988, no seu inciso V, artigo 206, garante, como princípio de ensino, aos profissionais de ensino, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional, mas até agora, não há vontade política para se determinar o valor do piso salarial profissional condigno para os professores.
A Lei de 15 de outubro de 1827 trouxe, por fim, para época, inovações de cunho liberal como a co-educação, revelada através da inclusão das meninos no sistema escolar e que as mestras, pelo artigo 13, não poderiam perceber menos do que os mestres.
A formação dos professores foi lembrada pela lei imperial. No seu artigo 5º, os professores que não tinham a necessária instrução do ensino elementar iriam instruir-se em curto prazo e à custa dos seus ordenados nas escolas das capitais.
Preocupados, hoje, com os 210 mil professores leigos, sem formação sequer do pedagógico ofertado no ensino médio, o Brasil contemporâneo, através da Emenda Constitucional n.º 14, de 12 de setembro de 1996 , a LDB, o Fundef, todos promulgados em 1996, orientam os governantes e as universidades para as licenciaturas breves, na luta contra esse déficit de professores habilitados para o magistério escolar, mas com o apoio financeiro do poder público em favor dos professores de rede pública de ensino (Magister, no Ceará, é um bom exemplo).
A expectativa da sociedade, política e civil, é a de habilitar, em nível superior, até o ano de 2007, o grande contigente de professores leigos da educação básica. Será que, ao comemorarmos o Dia do Professor em 2007, 180 anos depois da primeira geral da educação imperial, teremos atingido esse desiderato republicano? "
Vicente Martins
Professor Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), de Sobral.
"...O Deputado Estadual Paulista, Dr. Antonio Carlos de Salles Filho, no mandato 1947/51, é o autor do Projeto de Lei que instituiu tal homenagem, em âmbito do território do Estado de São Paulo - e, mais tarde, já como Deputado Federal, no mandato 1955/59, fê-lo com espectro e abrangência nacional, passando os abnegados professores a, pelo menos isto, terem seu dia especial, 15 de outubro...."
Informações enviadas por:
Antonio Luiz Barros de Salles


Não se é professor por acaso!

O que temos de mais sagrado em nossas vidas?
Nossa família, nosso berço.
Infeliz daquele que dispensou, por motivos outros e fúteis,
a alavanca e o alicerce que o regaço familiar nos oferece,
sem nada cobrar, somente nos fornecendo bases sólidas
para enfrentar o mundo.
E esta, que é a maior e a mais importante célula da sociedade,
 somente conta com um profissional que tem a legitimidade e a
 dignidade suficientes para complementar e enriquecer a
tarefa árdua de educar: o professor.

Dá pra imaginar o tamanho desta responsabilidade?
 Este professor tem que se misturar à educação fornecida
 pelos pais e por toda a família de seu aluno, que possuem
 uma história de gerações passadas, com características
individuais e diversas.

Esta responsabilidade não é esforço a mais para ele porque
ele exerce sua profissão com entrega total, e os pesos se
 tornam diminutos diante da vocação.

Saibamos todos, principalmente os professores iniciantes,
que se o trabalho em qualquer área se tornar um fardo,
 urgirá a revisão de nossa vida, para que diretrizes
  sejam repensadas.

Muito mais isto é válido para um professor.

O professor, se não estiver encharcado da vontade de
ensinar, de educar, de se doar, não conseguirá o respeito
de seus alunos, de seus pares, muito menos de
 toda a sociedade.

Não se é professor por acaso!

Quando meio que corajosamente, este cronista lançou
seus dois livros, além de seus familiares e alguns amigos
 mais profundos, quem mais se orgulhou deste fato?
Seus ex- professores; todos que ficaram sabendo se
revelaram  recompensados e orgulhosos de um de seus
alunos ter  lançado dois livros.
Aí está a grande obra de um professor.
Acolher seu aluno dentro de seu coração com total paixão,
fazendo dele parte de sua própria existência.
Isto é para poucos e bons!

Se condoer com as desgraças alheias é fácil.
A lágrima é gratuita.
Eu quero ver é rir e se alegrar com as conquistas alheias.

Como já escrevi: a alegria é esterilizada, a dor contamina.
No caso dos nossos mestres, a nossa vitória se transforma
 na alegria deles também, porque vocês, professores,
nos amam de verdade.

Aos professores que já exercem esta profissão há um
médio tempo, é hora de se fazer um balanço das atitudes
tomadas até agora.
 Há de se fazer dos acertos, missões, e dos erros, lições.

Triste é a nação que não privilegia o ensino.
O grande exemplo são os E.U.A.
A página negra do destrato com os professores está
sendo virada.
Então, você, professor que já lecionou por alguns anos,
 tenha certeza que sua luta valeu e valerá a pena.
A visão histórica jamais poderá ser esquecida por causa
 de motivos imediatistas, principalmente por um professor.
 É líquido e certo que as reivindicações, os protestos,
 as greves, não foram em vão e, sim, servirão para a grande
arrancada que o Brasil sofrerá a partir da valorização
da educação e do educador.

Você, professor mais antigo, que já viveu dias melhores,
é justo o desânimo, mas não o suficiente para derrubá-lo.
Apesar de tudo, eu tenho a certeza que Piaget e Freire
 sempre foram os seus guias.
Mas talvez a maior homenagem que um professor possa
 receber esteja num fato corriqueiro que acontece no nosso
dia a dia e que ilustra bem o significado desta profissão.

Quando queremos elogiar alguém de maneira superlativa,
grandiosa, mesmo que esta pessoa não seja formada, como
 é que nós a chamamos: "ei mestre", ou então, "ei professor!"
É o maior elogio que se faz a alguém.


Marcondes Serotini Filho

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

SEMANA DA CRIANÇA NA EMEO

        No período de 06 a 11 de outubro de 2010 a Escola Maria Estrela realiza  a SEMANA DA CRIANÇA com os alunos do Ensino Infantil e Fundamental I. 
        A programação para o evento foi elaborada  pela equipe de professores e supervisores da referida instituição escolar.  a programação é a seguinte:


DIA 06/10/2010:

1- Concurso de desenho;
2- RECREAÇÃO coordenada pelo prof. Bruno Gondim.

Lanche


DIA 07/10/2010

1- Concurso do garoto e garota MARIA ESTRELA;
2- ANIMAÇÃO: grupo de teatro da EMEO:  " Peleja, mas se papai deixar, eu vou!", coordenando por Luizinho Torres Cacau.

Lanche.

DIA 08/10/2010

1- Concurso de dança (forró, axé e samba);
2- Contação de histórias (CENTRO CULTURAL BNB);

Lanche

3- Distribuição da SACOLINHA INFANTIL (pirulitos, pipocas, balas etc)


DIA 11/10/2010

Programação organizada pelo Grupo DeMolay - Sousa - PB


FOTOS DO EVENTO 
SEMANA DA CRIANÇA NA EMEO

FESTA PARA AS CRIANÇAS DA EMEO

CONTADORA DE HISTÓRIAS DO CENTRO CULTURAL BNB

GRUPO DE TEATRO DA ESCOLA MARIA ESTRELA

GRUPO DE TEATRO "PELEJA, MAS SE PAPAI DEIXAR, EU VOU!" - EMEO
ENSINO INFANTIL II

ENSINO INFANTIL III
1º ANO - ENSINO FUNDAMENTLA I

2º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL I
3º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL I


4º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL I

5º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL I

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

ANIVERSARIANTES DO MÊS DE OUTUBRO - Parabéns!



A EMEO parabeniza os aniversarienates do mês de Outubro!

ISAIAS EHRICH - 1º DE OUTUBRO

JÚLIO NETO - 14 DE OUTUBRO
NENEN - 22 DE OUTUBRO                                SELMA: 31 DE OUTUBRO